Fazia tempo, muito tempo, que eu não fazia uma boa viagem de carro. Dessas que não é para ter pressa pois quem vai de carro ao invés de tomar o avião é porque aprecia o percurso tanto quanto o destino.
Como esta eu nunca tinha feito: a bordo de um Opala de luxo, laranja, 1974. Devo informar que o conforto é inegável. O carro é extremamente macio e mais ergonômico do que os atuais.
Época do ano propícia para estar em um carro sem ar condicionado. Rumamos para o sul, mais apropriado ainda. Havia esquecido como é se deixar ficar em estado contemplativo, descobrindo paisagem após paisagem, colocar a música preferida para tocar e deixar o sol, a vegetação, o céu e o relevo cantarem a poesia.
No meu mundinho de creme para isso e creme para aquilo, deixei a vaidade de lado para permitir que o vento me (des)penteasse. E, sinceramente, como é gostosa a sensação de ter os cabelos esvoaçando livres, loucos, libertos.
Parar a cada tanto percorrido, um bom carro, um bom motorista, água, protetor solar e bons óculos escuros é o que se precisa para viajar com tranquilidade.
O resto é história, é memória, novas andanças e novas lembranças.
Aí está um exemplo de como é importante andar devagar.
ResponderExcluirAmo viagens de carro.
Beijo