Dizem os especialistas que ao longo da vida nossas orelhas e nosso nariz não param de crescer. Além de outras partes do corpo, eu adicionaria à lista os anéis, os brincos e os colares. Eu fui um dia a discreta, adepta das bijuterias minimalistas. Qualquer acessório além dos mini brincos já era coisa demais. Mas, não sei por qual motivo, a regra foi perdendo efeito ao longo dos anos. Seria o signo solar falando mais alto? Seria a auto censura falando mais baixo? Pouco, muito pouco importa. Tendências "peruescas" assumidas, vamos tratar de expressá-las, afinal não é toda perua que gosta de legging com animal print, de dirigir SUV e de longas unhas decoradas. A minha jovem perua curte a tendência de andar a pé, prefere estampa floral em roupas largas e leves como o vento e mantém as unhas curtas e eventualmente coloridas (de preferência uma mão de cada cor). E para atender aos meus próprios anseios, achei que era uma boa fazer meu próprio colar, logicamente com influências musivas.
Em outras ocasiões fiz minhas caminhadas por esses campos. A cada peça feita, tive a sensação de que ainda não tinha chegado lá, ou seja, ainda não tinha conseguido me expressar satisfatoriamente nas bijuterias. Agora dei mais um passo numa direção que para mim é boa. Vamos a ele:
Essa é a parte de trás. Como das últimas vezes, a base é feita com tampas de garrafa. Neste colar usei todas do mesmo tipo (Fritz-Kola). |
Tirei a borda ondulada das tampinhas e preenchi cada uma com pequenos mosaicos de stained glass, miçangas, areia de espelho e contas de vidro. |
Sim, um guizo para finalizar. Porque eu gosto, porque é lúdico, porque me traz lembranças da juventude. |
Belo! Muito belo! |
Dá para usar bem próximo do pescoço. |
Ou deixar mais comprido, descendo pelo colo. |
A sensação de "quase lá" me diz que falta dominar essa caminho que vai desde o que existe dentro da cabeça até as mãos. É um processo curioso esse. Freqüentemente me perco nas curvas ou pego atalhos. O problema destes desvios é não chegar no destino final. A gente chega, mas chega em outro lugar.
Criar e executar também envolve disciplina e, às vezes (ou sempre), a criança interna não fica muito contente com essa história. Ela quer sair pulando e cantando, pisando em poças d'água, deitando na grama, correndo no mato, voando entre nuvens, cheirando flores para sentir se são perfumadas... Sempre há o dilema de quem deve falar mais alto: a disciplina ou a liberdade? Alguém uma vez disse que se a primeira ameaça a segunda, é o momento da segunda falar mais alto. Neste ponto a gente precisa tomar um certo cuidado para não descambar para a boa e velha putaria. Parece, então, que tudo se resolve com o famoso "meio termo". Difícil...bem difícil. É muito mais simples ficar em um ou outro extremo, mas aí não se chega onde se quer chegar. Já pensou nisso? Dilemas, meus queridos, dilemas! A boa notícia é que enquanto estamos vivos, podemos aprender. Que siga o baile!
Até a próxima!
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