As visitas ao passado continuam. Ainda na área das luminárias, escolhi fazer o que chamo de "Luminária Frente Única". Funciona assim: você pega uma garrafa e corta o topo e a base. Sobrará um cilindro. Cortando este cilindro ao meio, duas "meia lua" de vidro surgirão. Fixe uma dessas metades em uma base e você terá uma luminária frente única. Se minha memória não estiver desorganizada, a ideia surgiu da mente brilhante da minha irmã. Naquela época ela estava muito interessada no mundo do vidro. Fez dezenas de experiências que me inspiraram de uma maneira absurda. Enquanto minhas ideias bitolavam no arroz com feijão, as ideias dela corriam selvagens, provando todos os sabores que sua alma podia oferecer.
Na época fiz apenas três exemplares:
A primeira de todas, fazendo a festa com os vidros reutilizados e pintados. |
Na segunda me senti um pouco mais à vontade para brincar com as formas. |
Na terceira já comecei a sair do armário. Assumi o arco-íris e o aspecto rústico. |
Elas foram feitas em 2011, 2012 e 2013 respectivamente, com quase uma ano de diferença entre uma e outra. Cinco anos depois que última foi feita, nasce a irmã mais nova. As diferenças são grandes...
Cadê os vidros coloridos? |
Na base, ao invés de MDF, usei um restinho de WEDI e a luminária ficou leve. Gostei disso. Por alguma razão nem cogitei os vidros pintados. Usei muita miçanga, stained glass, gemas, millefiori, pastilhas de vidro e um coração lindo de vidro fusing. Aliás, ele foi o ponto de partida.
Mas ainda é rústica como a luminária anterior. |
Achei que era uma boa pintar a base ao invés de revestir e a composição me agradou bastante. O vidro e a pintura se complementam. |
Quando a gente escuta que tudo muda o tempo todo acho que é exagero, não acha? Mas eu fiquei meio besta vendo as fotos e me perguntando "quem são essas pessoas que fizeram essas luminárias?". É absolutamente incrível como mudamos através do tempo e eu definitivamente não estou falando do corte de cabelo, de rugas ou do estilo de roupa. Mudamos no nosso âmago, sem perceber ou percebendo, no comando de alguma coisa ou à deriva.
Não é admirável essa força que nos toca e que nos move? TUDO é movimento. Muito, mas muito do que nos atinge independe da nossa escolha. Habitamos uma teia complexa, onde tudo está conectado. Alguém resolve derrubar uma pecinha lááááá longe e por efeito dominó somos nós que colhemos as consequências.
Não dá para controlar o que é externo e não dá para voltar no tempo. O que dá é fazer o melhor possível com aquilo que se tem. O que dá é deixar o estéril "e se..." de lado (de preferência morto e enterrado). O que dá para fazer é tentar. Se der certo, ótimo! A gente aproveita para ser feliz por um momento e depois continua andando. Se tudo der errado, a gente respira fundo e segue andando, mudando, andando e mudando, nessa alternância fascinante que chamamos de vida.
Até a próxima!
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