Olá!

Aqui você encontra vários tipos de textos com reflexões, introspecções, filosofadas e relatos, tudo sob a luz do mosaico. Desejo inspirar você com a mesma arte que me inspira.

Vaso Lâmpada

Quando passei a reutilizar Lâmpadas queimadas para fazer pequenos vasos, passei a receber diversas doações. Acredito que isso aconteça com a maioria de nós: sermos lembrados e presenteados pelas pessoas próximas com alguma coisa que nos seja útil, fortalecendo e celebrando vínculos. Foi assim que uma belíssima lâmpada redonda veio parar em minhas mãos.

Minha intenção quando faço vasos a partir de lâmpadas é sempre manter a parte da rosca. Para mim isso deixa a peça ainda mais charmosa. Neste trabalho o destino quis diferente. A rosca se soltou do vidro enquanto eu limpava a lâmpada após extrair o filamento. Uma pena! Mas longe de ser um impedimento para prosseguir o projeto.

Fiz um mosaico com muitos detalhes que, em alguns pontos, mais parece um bordado. Na base da lâmpada fixei uma pastilha Cristal de 5cmx5cm que lapidei até ficar redonda. Isso permite que o vaso permaneça em pé sem a necessidade de um suporte. Para o mosaico utilizei pérolas, hematita furta cor, corações de cristal, contas facetadas, pastilhas Cristal lisa e metalizada, canutilhos, miçangas e partes de bijuterias. As linhas horizontais são interrompidas tanto na parte da frente como na de trás por linhas curvas que emolduram peças focais. Isto traz movimento ao aspecto final do vaso. Para acabamento, utilizei rejunte preto que evidenciou as diferentes cores e acentuou o brilho de alguns materiais.

Ao final de 22 horas de trabalho, nasceu uma peça única e original, capaz de dar um toque de vida e beleza extra a uma decoração harmoniosa.








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Mini Vaso Aroma

Há alguns anos fui presenteada com o perfume da minha adolescência. Não imaginava que ele ainda existisse e muito menos que o formato clássico do frasco tivesse sobrevivido. 


Foi uma festa nostálgica para os meus sentidos, abrindo as portas para uma deliciosa onda de memórias afetivas. Depois que o perfume acabou, fiquei apegada ao frasco e não consegui simplesmente colocá-lo na coleta dos materiais recicláveis.

Meses atrás, enquanto cortava centenas de garrafas para fazer uma mureta em casa, decidi cortar também o frasco do perfume e finalmente fazer algo com ele. Removi a porção abobadada e trabalhei com a parte que ficou. 



Um pequeno vaso surgiu, delicado e precioso tal qual os sentimentos que me suscitou enquanto era um frasco de perfume.

O mosaico que reveste o Mini Vaso Aroma foi feito com canutilhos de vidro, contas de metal e de vidro, mini gemas de vidro, miçangas de vidro, strass e pastilhas de vidro do tipo Furta-cor.

Tamanho não é documento para a beleza.


Visão da frente.




Visão da Lateral





Visão da parte de trás






Ao florescer o mini vaso com um pequeno buquê de flores frescas, senti minhas memórias perfeitamente representadas naquela visão idílica, com a nostalgia cedendo lugar a um afeto sereno.



A esta altura da minha carreira como artesão fica cada vez mais nítido que faço o que faço com o propósito de dar um novo uso para objetos. Isso é fascinante para mim.
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A luminária e a dúvida.

 Herdei vária peças de vidro do acervo da prima florista. Algumas delas, pelo seu formato, me remeteram ao passado. Revisitei mentalmente a época em que comecei a explorar os vidros translúcidos e transparentes. Lembrei do encanto e da vontade de viver dentro de um vitral.

 Escolhi um bowl para, fazendo uma luminária, transportar o passado para o presente. Quando já tinha passado da metade reconheci que estada muito desconfortável com o caminho que estava seguindo. Nem lá, nem cá. Como seria diferente? O passado não volta. Sabemos disso, mas ainda assim nutrimos uma expectativa de reviver o que foi bom. Uma insistência que conduz à frustração.

 Devidamente frustrada fiz algo que só faço no crochê: desmanchei tudo. Desfazer a luminária macambúzia trouxe alívio. Prometi para mim que isso é algo que vou repetir sempre que este desconforto surgir. Não tem tempo e material gastos que compensem olhar para alguma coisa e pensar que poderia ter sido diferente.

 Recomecei com novos cuidados, dentro de uma estética que vou chamar de atual considerando os últimos trabalhos que tenho feito. Tudo fluiu mais em paz, com algumas concessões porque sou humana.

De um lado.

De outro.

De cabeça para baixo.

Pelo lado de dentro.


À luz do sol.


À luz da vela.


 Ela é fofinha, coloridinha e traz uma sensação boa de aconchego, maaaaaaassss...fiquei me perguntando se esse visual não está começando a ficar no passado. Eu não tenho a resposta ainda. Há um bom tempo não fazia luminárias. Talvez o estranhamento faça parte desta retomada. Eu não sei e acredito que só vá saber se seguir fazendo. A gente só consegue ver uma mudança claramente depois que ela aconteceu. Durante o processo as coisas parecem incertas. Existe a dor pelo que já não é e o medo pelo que ainda será.
Até a próxima incerteza!
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