Olá!

Aqui você encontra vários tipos de textos com reflexões, introspecções, filosofadas e relatos, tudo sob a luz do mosaico. Desejo inspirar você com a mesma arte que me inspira.

Casamento, gratidão e porta-retratos.

 Foi em meados de dezembro passado que recemos o convite para o casamento que aconteceria dentro de um mês e meio. Na Índia. O quê? Sim, na Índia! Nunca achei que isso fosse me acontecer. Mas já que aconteceu, lá fomos nós animados e ansiosos, muito ansiosos. Para mim, dentro do meu universo particular, foi a experiência mais interessante que já tive. Uma mistura de chocante, fascinente, surpreendente e encantador. Foi onde provei as melhores comidas da minha vida, vi as roupas mais belas que nunca imaginei ver e conheci uma hospitalidade ímpar. Em conversas com familiares do noivo (que foi quem nos convidou) eu agradecia pelo convite e por ser tão bem recebida. Ao meu agradecimento eles diziam ser um honra para eles termos ido de tão longe para participar do casamento, era uma honra poder nos mostrar um pouco da cultura local. Nessa troca de gentilezas, sem dúvida nenhuma eles ganharam. Não consigo lembrar a última vez que fui tão cuidada e paparicada...e como foi incrível testemunhar e participar das celebrações que compõem um casamento ao longo de seis dias. Isso mesmo, são seis dias de casamento.

Em meio a tudo que acontecia, reparei que aquela onda de afeto que nos cobria foi limpando e cicatrizando algumas feridas abertas há tempos. Nossa presença ali era celebrada, ao contrário do que acontece aqui. Então percebi que, ao longo dos últimos anos, nos acostumamos com uma série de coisas que não nos fazem bem, que nos adoecem, que tiram o brilho que a vida pode ter. Nos acostumamos com coisas que não deveríamos nos acostumar. Ao ir para um casamento tão diferente de tudo que já vi, esperava qualquer coisa. Só não esperava um tipo de cura, porque curar com afeto não é qualquer coisa, é muita coisa.

De volta à pálida rotina, senti vontade de agradecer. E assim fiz dois porta-retratos, dois pedacinhos de mim. Um para os pais do noivo e outro para a tia Nimmi, cuja doçura e generosidade eu jamais vou esquecer.


Este fiz pensando na tia Nimmi.



Este foi para os pais do amigo que casou.

Ás vezes me pego pensando em todas as curvas que a vida deu para que isso acontecesse. Todos os caminhos que se cruzaram até culminar naquele momento com aquelas pessoas. O destino pode ser misteriosamente intrigante e belo, não pode?

Até a próxima!
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