Olá!

Aqui você encontra vários tipos de textos com reflexões, introspecções, filosofadas e relatos, tudo sob a luz do mosaico. Desejo inspirar você com a mesma arte que me inspira.

Coleção de Colares "Via Láctea"

Uma coisa sempre leva à outra. A Coleção Via Láctea começou na Coleção Alcachofra. Eu queria presentear uma pessoa e disse que escolhesse qualquer um dos colares Alcachofra. Mas salientei que, se ali não visse aquilo que lhe falasse diretamente ao coração, poderia pedir o que fosse do seu gosto. Então ela me mandou a foto da tatuagem que mora no dedo anular da sua mão esquerda: um triângulo invertido. O símbolo marcado na pele é o logotipo de sua produtora. Ali decidi que faria não um colar, mas uma coleção de colares de triângulos invertidos, afinal se é para cortar lata, vamos até o fim. A lata em questão era de leite condensado - e saiu daí o nome da coleção: Via Láctea.

O triângulo, por sua ligação com o número 3, simboliza a perfeição e a unidade. Já o triângulo invertido, voltado para baixo, representa o sagrado feminino, a feminilidade, a fertilidade e o lunar, além de estar relacionado aos elementos água e terra. Com este belíssimo tema em mãos, coloquei-as para trabalhar.

Comecei pela tampa, tirando um triângulo de dentro do círculo.

Depois, cortando as bordas da lata, separei o fundo e a parte central.

Depois foi questão de cortar e dobrar. Nasceram vários pingentes.

Com as bases prontas, comecei a montar os colares. Lembro que era uma segunda-feira escura, daqueles dias em que chove forte várias vezes e tudo tem uma luminosidade de quase noite. Fiz os primeiros cinco pingentes numa tacada só, trabalhando o tema de um colar para o outro.

O primeiro colar tem esta gema de vidro em formato de gota que, invertida, se encaixou perfeitamente na base. Dos lados, pedras com glitter e correntes na cor preta.

O segundo pingente teve seu formato fora do tema. Um recorte de lata havia sobrado, de onde poderia extrair mais um triângulo. Mas a forma me pareceu bela assim como estava.

Nesta coleção dei espaço a alguns pingentes menores, afinal não é tomo mundo que é leão com ascendente em libra e lua em gêmeos, certo?
O quarto colar, um dos meus preferidos desta leva, ilustra bem o brincar com variações.

O quinto colar, que no meu dicionário eu chamaria de "classudo", é o que eu achei que seria o escolhido pela pessoa que inspirou o surgimento da coleção.

Foi então que fiz uma pausa. Assim como aconteceu na Coleção Alcachofra, tudo começou com uma busca. Em determinado ponto senti que tinha encontrado o que procurava. Neste caso foi o quinto colar. Por isso parei, parei por alguns dias. Dei um tempo para mudar o foco. Se tinha chegado no objetivo que buscava, o que mais eu teria para dizer? Ou então, o que eu faria se não tivesse ninguém vendo. Ou ainda, do que eu brincaria depois de ter terminado a lição de casa? Foi nesse clima que fiz os colares que se seguiram.

E seu eu fosse dar uma espiada no que há no lado oculto da lua?

E se eu fosse ver o que há em outros planetas?

E seu eu simplesmente caminhasse descalça pela Via Láctea?

E se eu criasse minha própria Nebulosa?!?!?!?!

Deixar a mente se divertir é, para mim, um treino no qual eu preciso dizer para a voz da crítica (aquela que fala que está tudo ruim e que vai dar tudo errado) sentar ali no canto e esperar, ao mesmo tempo que digo para a voz da criatividade (aquela que tem os olhos brilhantes e um sorriso vivo) tirar a roupa apertada e correr pelada por onde quiser. Acho que esse tipo de duelo vai acontecer sempre. Cabe a mim encontrar um meio termo saudável...e produtivo.

Até a próxima!
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