A praça Kirsten-Heisig fica em uma parte muito bonita do bairro Neukölln. Ela é pequena e se perguntasse para mim eu nem diria que é uma praça, mas o que importa aqui é que nela há belos ornamentos revestidos de mosaico.
De um lado vê-se duas poltronas e uma escultura. Gostei das poltronas e AMEI a escultura, que traz um movimento muito bonito e detalhes encantadores.
 |
As duas poltronas vistas pela parte de trás e em segundo plano a escultura. |
 |
A escultura mescla o mosaico com o cimento queimado. Fiquei apaixonada pelas cores e para mim remete à figura do sol. |
 |
Detalhe da escultura. Equilíbrio entre área revestida e cimento aparente. |
No outro lado da praça, atravessando a rua, estão mais duas poltronas maiores e toda a mureta do jardim ornamentada em mosaico. Minha paixão foi pela mureta (desculpe mais uma vez, poltronas!). Talvez seja porque adoro vermelho, talvez porque adoro como as fomas casaram com o mosaico, talvez porque adoro mosaico em áreas de jardim.
 |
Em primeiro plano as poltronas e ao fundo a mureta do canteiro. |
 |
Parte de frente de uma das poltronas. |
 |
Vista da mureta do canteiro. Veja como o desenho do mosaico flui junto com a sinuosidade da sua base. |
Não consegui obter nenhuma informação sobre que confeccionou estas obras. Pena. Mosaico sem autor é como goiabada sem queijo ou amor sem beijo.
Tirando isso, fico feliz em poder mostrar como o mosaico pode ser inserido numa cidade, como pode fazer parte da vida das pessoas e como isso pode alimentar nossa fome de beleza. Imagine essa pequena praça durante os meses de inverno. Não há verde, todas as árvores e todos os arbustos perdem as folhas. A luz é pouca, tudo acinzenta. Visualizando isso, é possível perceber o impacto dessa arte neste contexto. Estes mosaicos serão uma fonte de cor (uma das poucas) naquele espaço e terão um impacto relevante em quem passa por ali, transmitindo calor e esperança de que tudo voltará à vida no tempo certo.