Olá!

Aqui você encontra vários tipos de textos com reflexões, introspecções, filosofadas e relatos, tudo sob a luz do mosaico. Desejo inspirar você com a mesma arte que me inspira.

As lâmpadas, o mosaico e a neve.

Já mencionei aqui que quando nos mudamos para Herrsching eu notei um incremento na minha energia de vida. Berlim é uma cidade in-crí-vel, mas morar lá foi especialmente desafiador pela falta de luz. Aqui no sul essa questão é muito mais amena e meu cérebro percebeu isso rapidamente. O impacto que isso teve no meu trabalho é percebido claramente. Aliás, um passeio pelo álbum de fotos vai contando diversas histórias sobre fases e percepções.

Somos capazes de fazer o que fazemos nas mais variadas situações, mas para que a nossa verdade venha à tona é preciso que algumas condições estejam alinhadas. Por exemplo, semana passada nevou muito por aqui. Na minha caminhada em meio ao cenário branco fiquei observando a neve acumulada pelos lugares. Em todas as superfícies, inclusive nas mais estreitas, havia uma torre de gelo. É fascinante!

Floco por floco, um após o outro, um sobre o outro e esculturas improváveis vão se formando.
Olhando para essas fotos, imagine a paz que precisa existir para que estas frágeis paredes se ergam sobre um galho, um corrimão, uma cerca...O vento não pode ser exagerado, a temperatura deve se manter dentro de determinada faixa e o tipo da neve também influencia. Cumprido todos os requisitos o espetáculo acontece.

No mundo encantado do mosaico, a mágica também funciona dessa maneira. É necessária uma dose de paz (muito mais interna do que externa) para que a criatividade baile, para que as ideias e o vidro sejam lapidados. É necessária paciência para unir os pedaços de uma determinada forma para que surja o todo. É necessário esperar, porque o tempo leva o tempo que o tempo leva. Cabe a nós nos encaixarmos nesse fluxo.

Meus objetos de paz e paciência da vez são dois vasinhos de lâmpada que mais parecem duas jóias preciosas de um tesouro inestimado.











Fazer mosaico é como andar na neve, você dá um passo por vez e anda devagar. Às vezes precisa mudar o percurso para contornar um obstáculo, às vezes precisa voltar uma parte para depois retomar a mesma direção. Chegar ao final da caminhada é bom, mas o percurso é o que há de mais gostoso.

Que tenhamos a paz e a paciência que nossos passos requerem para andarmos no rumo que mais nos atrair, desfrutando do caminho tanto quanto do prazer da chegada.

Até a próxima!
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