Olá!

Aqui você encontra vários tipos de textos com reflexões, introspecções, filosofadas e relatos, tudo sob a luz do mosaico. Desejo inspirar você com a mesma arte que me inspira.

Lembranças do que não vivi

 Algumas vezes já citei que tenho o desejo de cobrir com mosaico cada centímetro das paredes brancas deste apartamentinho que moramos. O trabalho que mostro hoje nasceu para compor esse plano.

Eu queria fazer algo que conversasse com as curvas do meu querido e belo (belíssimo!) "Manifesto sobre a Assimentria" - veja AQUI - e já vinha cultivando essa ideia há algum tempo, até encontrar a peça perfeita para começar o trabalho: um espelho redondo. Na verdade encontrei dez deles em uma venda de garagem. Originalmente os espelhos eram suportes de velas para decorar mesas ou aparadores. Então tive apenas o trabalho de descolar os suportes de borracha que estavam na parte de trás. Colei o espelho num recorte de madeira e o mosaico começou a se revelar.

Posicionei o espelho em um dos vértices da base retangular, mas coloquei essa foto aqui só para enaltecer a fofurice da Antônia.

 Comecei pelas pedras vermelhas que estavam na prateleira há um tempão. Sempre que tentei inseri-las em um trabalho, acabava por desistir achando que não combinavam. Desta vez comecei por elas, assim o que viesse depois deveria harmonizar com as pedras. Acho que a estratégia funcionou. Depois das pedras vermelhas vieram as pedras prateadas. Depois vieram as pastilhas, o Vidrotil e mais algum espelho.

A inserção de textura, depois das pedras, foi muito suave.

 A minha diversão aqui foi propor uma simetria de revestimento em áreas assimétricas, mais ou menos como fiz no "Manifesto sobre a Assimetria", com a diferença que aqui a assimetria é muito evidente. 

Repetição de linhas retas e curvas.

Durante a execução, à medida que o mosaico surgia, fui observando uma estética que me transportou até algum lugar da minha infância (acho) e passei a sentir algo que se tornou a minha especialidade: saudade de alguma coisa que não sei o que é. Uma espécie de lembrança que é muito nítida quando sentida, mas totalmente abstrata e etérea para ser definida. Sabe quando você sente um aroma que lhe é muito familiar e este aroma imediatamente te faz sentir uma torrente de emoções, mas você não sabe dizer qual aroma é esse? É mais ou menos assim que eu sinto.


Depois de finalizado, explorei um pouco as várias posições que ele poderia ocupar na parede.


E até considerei colocá-lo em outro cômodo. Mas achei melhor sossegar a macacada que pulava na mente e me ater ao plano original.


Olhando a parede como está, já começo a desenhar na mente o mosaico que irá na parte de baixo...e também a ver outros espaços onde encaixarei outras coisas - para alegria da macacada que já começa a pular novamente dentro da minha cabeça.

Está ficando muito interessante, não está?

E essa alegria toda foi possível graças à Venda de Garagem, ou Mercado de Pulgas se preferir. É um evento que é bom para todo mundo. Se onde você mora isso não acontece usualmente, você pode começar um. Ou pode simplesmente oferecer aquilo que não lhe serve mais para o seu amigo criativo por um preço camarada. Que tal? Bora circular essa energia?

Até a próxima!

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