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Os inesperados mosaicos de Innsbruck.

Inesperados para mim. No sucinto guia turístico que comprei na véspera da viagem não havia nenhuma menção a eles. Falava-se sobre a história da cidade tirolesa, sobre sua importância como entreposto comercial no passado, sobre ser uma cidade universitária, sobre as opções de esportes de inverno (a cidade já sediou duas Olimpíadas de inverno), sobre ser uma das cidades mais importantes da Áustria, sobre sua parte antiga e seus prédios góticos, renascentistas e barrocos lindamente preservados, sobre a inserção harmoniosa da arquitetura moderna...mas em momento nenhum havia referência a mosaicos.

No entanto eles aparecem em várias fachadas. Em sua maioria são mosaicos religiosos, o que faz todo sentido uma vez que o Catolicismo predomina de maneira muito forte no país. São como medalhões de santos que pontuam as construções. Lembrou-me de alguma maneira aqueles pequeninos altares que existiam nas casas de antigamente, perto da porta de entrada, com a imagem do santo de devoção e uma lâmpada bem pequenininha que ficava sempre acesa.

Há outros mosaicos não religiosos, porém inseridos da mesma maneira nas fachadas. O resultado do conjunto encheu meus olhos. 

(clique nas imagens para vê-las em tamanho maior)














Abaixo, na discreta entrada da igreja, detalhes preciosos:




No prédio abaixo a inserção do mosaicos contemporâneos e vibrantes:



Na fachada abaixo o revestimento quase completo em mosaico feito com vidro pintado.


E o troféu "Austríaco sem Noção" vai para o proprietário da loja de joias que engoliu a coluna de mosaico ao avançar suas vitrines. Ele poderia remediar a cagada colocando espelhos e uma boa iluminação para que os lados e a parte de trás da obra de 1956 de Max Weiler, um pintor austríaco, pudessem ser apreciados. Judiação, hein?



É fato que as fotos com zoom da câmera do celular estão sofridas. Apesar disso fica evidente o papel do mosaico não apenas no embelezamento das fachadas, mas principalmente como expressão documental da cultura local. E não é essa uma das funções da arte? Muito bem, Innsbruck!...Excetuando o sujeito da joalheria, que está atravessado na minha goela...

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