Olá!

Aqui você encontra vários tipos de textos com reflexões, introspecções, filosofadas e relatos, tudo sob a luz do mosaico. Desejo inspirar você com a mesma arte que me inspira.

Entre lâmpadas e flores.

É, pessoas...menti, menti novamente. Da última vez que nos encontramos eu disse que, ao invés de fazer algo em que eu já vinha pensando há muito tempo, faria outra coisa qualquer. Pois então, menti. Fiz o que imaginava há alguns anos. Talvez tenha sido a experiência do balão de tampinhas ou talvez tenha sido o fato de confessar esse aleijão moral. Fato é que cresceu rapidamente em mim uma sensação de urgência. Não como se o mundo fosse acabar no momento seguinte, não como seu eu fosse morrer na semana seguinte. Pelo contrário. Acho que foi um desejo de ter mais satisfação e a constatação de que não havia empecilho nenhum para isso. Parece que a vida é também este permanente constatar de obviedades.

A sua pergunta deve ser "qual era a ideia", certo? Respondo: fazer vasos lâmpada para pendurar em um suporte no qual, originalmente, haviam porta velas. Esse suporte tem lá seus 12 ou 13 anos. Lembro que ficava sobre o buffet da sala e às vezes, quando a noite era agradável, ia para a sacada com as velas acessas. Certa vez, em meio às brincadeiras de costume, nosso amado Plínio derrubou o conjunto todo. 
Esse era o Plínio...
Dos três porta velas pendentes apenas um sobrou. Mas sabe quando você não consegue dar fim numa coisa? Foi isso que aconteceu. Por algum tempo pensei que faria novas pequenas luminárias para o suporte, mas depois de fazer a primeira lâmpada vaso (ou vaso lâmpada, se preferir) achei que a união do suporte e dos vasos daria certo.

Daí para a frente foi aquela sucessão de adiamentos. Nunca era a hora. Não sei exatamente a razão, mas dedicamos um tempo considerável dos nossos dias nesse impulso de fazer mil coisas olhando só o lado externo, tentando adivinhar o que dará mais certo, o que vai vender mais, etc, etc, etc e quase sufocamos aquela voz lá dentro que nos fala sobre nossas paixões, nossos ideais, nossa paz. Felizmente a tal voz é persistente e paciente. Ela sempre volta no assunto e não deixa muita coisa cair no esquecimento. Várias vezes tento imaginar que pessoa eu seria se sempre, desde o momento zero, tivesse seguido as sugestões dessa voz...(pausa dramático/filosófica para você fazer o mesmo).

Deixando o passado, e tudo o que não foi, de lado, concentre-mo-nos na alegria da vez: a minha amada e companheira REUTILIZAÇÃO. Pegue as lâmpadas queimadas, tire os bulbos e seja feliz revestindo...ou não. Pode deixar ao natural também. O gosto, meu povo, definitivamente é como bunda: cada um tem a sua, com exceção de 80 % dos alemães, que não possuem bunda alguma, logo...deixa para lá...lâmpadas!!! Vamos às lâmpadas!!!

Tons de vermelho e marrom, de amarelo e laranja e de verde.
Elas não têm exatamente o mesmo tamanho e foda-se. Acho que isso não é uma condição indispensável para que o conjunto fique harmônico. Usei arame de fazer pulseira para modelar as alças.

Nova família formada. :-)
O suporte era originalmente preto. Monótono, certo? Dourado para todo mundo...porque eu gosto. As lâmpadas vaso podem ser usadas como solitário e foi isso que fiz com as anteriores. Desta vez tive vontade de usar flores menores e estas cravinas pareceram ideais.

Só assim já dá um gosto, não é?
Eis o mais novo rebento, o resultado final de mais uma gestação prolongada além da conta. O que importa agora é que nasceu.

Êêêêêêêêêê!!!!!!!!!

Agora o momento de orgulho materno, quando você vê o filho brincando no parquinho e pensa "como ele é lindo...fui eu que fiz"...

Vai dizer que não fica um sonho como centro de mesa?

De volta às origens, ocupando o mesmo espaço de anos atrás.

E agora? Agora acho que zerei, pelo menos que eu me lembre (alô!? gostaria de falar com a D. Voz Interior, por favor.), os projetos trancados na câmara do tempo indeterminado. A gente volta para o arroz com feijão um pouco mais leve, mais satisfeito e fazendo promessas de nunca deixar outro pequeno sonho em "stand by". Conseguirei? Como ser cagado que sou a resposta é: não sei. Apenas faço votos para mim mesma de lembrar das sensações que me acompanharam nesses momentos. Talvez elas me ajudem a andar do lado mais ensolarado da rua.

Até a próxima!

__________________________________________
Visite a Loja Online da Lucano Mosaico. É só clicar AQUI.


3 comentários:

  1. Que saudades do Plínio...
    Que saudades do apê da Chácara Inglesa aqui em Bernô City...
    Que peça mais mimosa ! as cravinas deram um toque especial ...
    Realmente transformou a mesa num sonho!
    e você foi andar do lado mais ensolarado da rua, não foi?
    Mais uma vez, parabéns filhota !

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Acredito que a gente alterne caminhadas na sobra e na luz, não é? Um beijo!

      Excluir
  2. O caso é: Tudo, nas suas mãos, fica lindo! Vai ver que é porque você é linda...

    ResponderExcluir

Olá! Tenho muito interesse em saber a sua opinião sobre esta postagem. Obrigada pela sua visita!